10 jogo, 2020

WORLD RESOURCES INSTITUTE: Mapa interativo de eutrofização e hipóxia

O World Resources Institute forneceu um mapa-múndi interativo que mostra casos relatados de eutrofização e hipóxia no passado e no presente. A hipóxia periódica tem sido documentada em áreas como a Flórida desde a década de 1980, mas com o aumento das temperaturas globais e o aumento da carga de nutrientes nos sistemas hídricos, o mundo testemunhou um aumento significativo na proliferação de agal nocivo.

MAPA MUNDIAL DE EUTROFICAÇÃO E HIPÓXIA (WRI)

Os problemas enfrentados na Flórida certamente não são únicos. Em 2014, uma proliferação de algas tóxicas no Lago Erie forçou a cidade de Toledo a fechar seu sistema de água potável, deixando mais de 400.000 pessoas sem acesso à água. Os casos vão desde Pequim (exploração de algas registrada no Mar Amarelo pouco antes dos Jogos Olímpicos de Verão de 2008), até a costa oeste da América do Sul, Chile – onde em 2016 a indústria de criação de salmão perdeu $800 milhões devido a proliferação de algas que causaram mortes generalizadas de peixes. Somente no ano passado, a Austrália testemunhou uma matança de peixes em massa semelhante na Bacia Murray Darling como consequência de anos de escassez prolongada de água e níveis tóxicos de cianobactérias.

Em meio à pandemia, o Brasil agora enfrenta níveis extremos de disparidade de recursos hídricos, cunhado como a 'crise hídrica do Brasil COVID'. O Brasil não está sozinho nas preocupações com a qualidade e gestão da água daqui para frente. O mapa da eutrofização global do WRI lança uma luz forte sobre o problema que enfrentamos em muitas nações – um que só continuará a piorar com a má gestão de resíduos e o aumento das temperaturas globais.